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sábado, 11 de dezembro de 2021

Memória LGBTQIA+ Paulistana: alguém se lembra da SHOCK?


 Ano de 1988.

O termo LGQBTQIA+ nem existia. Era GLS.

Na capital paulistana, uma casa noturna bonita, espaçosa e bem decorada completava um ano de sucesso. 

Na época a divulgação impressa e o boca a boca eram divulgações essenciais. Não havia parada nem redes sociais mas havia o desejo e o direito de curtir locais onde todos pudessem se divertir tranquilamente.



A Shock oferecia essa possibilidade em tom festivo, artístico e animado. 


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Leo Jaime Atencioso



 Uma garotinha gostava de escrever poesias, aí enviou algumas para um cantor e compositor que estava bombando nas rádios e nos programas de tv.

Eram tempos onde os correios não tinham a agilidade da comunicação virtual mas faziam sua parte para conectar pessoas.

Entre tantas cartas certamente recebidas pelo Leo, no auge da fama, ele respondeu para a garotinha com um postal que ela guarda até hoje...

Pequenos gestos de artistas podem se tornar grandes e inesquecíveis na mente de quem os admira.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

A Falciforme em Versos

 Primeiro, uma rápida pesquisa na internet para entendimento básico da falciforme:


Agora, um livro que é bem mais que um livro. 

É a manifestação poética que expõe a convivência involuntária com a anemia falciforme. Ela está na poetisa mas de suas dores ela extrai versos que gritam, explicam e se mostram nas fases da lua.



Para não revelar o mistério deste aspecto lunar, vale apenas indicar que a autora conseguiu transformar um símbolo de temor em algo sublime.

E como se não bastasse a importância do trabalho sobre uma questão pouco abordada e conhecida, ainda há o inquestionável valor literário.

São revelações intensas, densas e com simbologia envolvente. Uma linguagem poética admirável.


 

 

               Para acompanhar a autora no instagram:  @alessandrareis.poetisa

                          Meia Lua em Mim - A Falciforme em Versos

                                           Autora: Alessandra Reis

                             Capa e diagramação: Resumo Editorial

                                        Revisão: Gercylene Silva

                                         Elaborado por Alana Ribeiro

sábado, 8 de maio de 2021

O Sulista Manauara

 Jovens artistas do passado, com os quais mantive contato, tiveram a inspiração engolida pela dura realidade.

No decorrer dos anos, engavetaram sonhos e mergulharam de cabeça na vida agitada,  repleta de compromissos, prazos e prestações.

Não é o caso de Alberto. Migrou de região mas não deixou sua veia artística perder-se no tempo. 

Sempre conectado com a arte, é um escritor que fotografa a vida ou um fotógrafo que escreve sobre ela em suas diversas nuances.

No Rio Grande do Sul, ele editou o periódico Mensageiro e atuou em várias frentes culturais e artísticas; atualmente no Amazonas, faz o mesmo.

Mudou de lugar, respira outro ar mas continua bebendo na fonte das artes que inspiram.

Assim o resumem: "Um sulista manauara, muito além do jardim da lenda do Jarau".

Aliás, Alberto se identificou com o filme Muito Além do Jardim, de Hal Ashby, com Peter Sellers e Shirley Maclaine.

Como o personagem, ele saiu do lugar comum e conhecido; criou asas. É uma ótima dica para assistir e refletir.

E para finalizar, um link do autor em seu canal no Youtube:


 


domingo, 2 de maio de 2021

Humor Necessário em Tempos Bicudos

 


Paira uma sensação de desamparo nessa pandemia.

Uma certeza de que muitos que poderiam fazer algo para evitar mortes e minimizar os danos,

perderam meses valiosos mais atrapalhando que ajudando.

Para atenuar este contexto nebuloso, o humor é uma ferramenta poderosa e o site abaixo contribui para o riso, a reflexão e até mesmo indignação.

A maioria das charges, cartuns, gifs e memes tem teor político mas outros temas também são abordados:

https://www.humorpolitico.com.br/

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Cultura na Aldeia Global

 




Ano de 2006.

A internet já fazia parte do cotidiano de muita gente mas não tinha a abrangência de hoje.

Periódicos impressos, com divulgação artística e cultural, eram relevantes.

No setor independente, essenciais para aqueles que não conseguiam espaço na grande mídia.

Com o slogan Cultura na Aldeia Global , a publicação trimestral  Mensageiro tinha sua base em Quaraí - RS e leitores no país inteiro.

A tiragem de 600 exemplares era considerável para publicações alternativas e os anúncios diversos mostravam que o editor, José Alberto, conseguia captar apoiadores.



Tive o prazer de participar desta edição 26. 

No editorial,  destaque para o trecho abaixo:

 ..."adotamos uma política que não exclui, não rotula e não diferencia"

A agilidade do universo digital é louvável mas não se pode negar a importância de  impressos que contribuíram para expressões artísticas e culturais.




terça-feira, 27 de abril de 2021

The World To Come: amor e frases entre mulheres

"Mesmo a melhor carta é só um pedacinho de alguém".

"Sou uma livraria sem livros".

Estas frases do filme The World To Come são exemplos de como o filme oferece algo mais que visual.

O amor das duas personagens, além das cenas românticas que demoram a acontecer, evidencia-se também nos diálogos  profundos.

No caso das frases acima, uma é escrita quando a distância impossibilita encontros regulares e a outra mostra como uma delas se sente (vazia, oca e obviamente triste).

Uma livraria sem livros é lastimável, ainda mais em tempos onde livros são depreciados e a ignorância enaltecida.

Um dos maridos recorre a trechos bíblicos para lembrar que a mulher tem suas "obrigações" matrimoniais de alcova mas apesar de retratar tempos antigos, atualmente muitos religiosos

recorrem a bíblia para justificar submissão feminina e obediência matrimonial.

 A direção é da norueguesa Mona Fastvold. 

Vanessa Kirby aparece com  longos cabelos ruivos e voz  sensual, interpretando Tallie.

 Katherine Waterson representa Abigail, uma mulher abalada com a perda da filha que encontra na paixão por Tallie um motivo para sentir-se realmente viva.

Casey Affleck e Cristopher Abbott representam os maridos.

O filme mostra que a vida de todos era de sacrifícios e amarguras;  para as mulheres era ainda pior pois as regras tidas como comuns eram de submissão e anulação.

Que bom que o amor não segue regras injustas.

 

sábado, 24 de abril de 2021

Pacarrete e Marcélia Cartaxo: duas gigantes

O filme Pacarrete, dirigido magistralmente  por Allan Deberton, foi escrito também por André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro.

Marcélia Cartaxo já havia arrebatado meu coração, sendo minha eterna Macabéa;  pensei que seria difícil reconhecê-la em outra personagem tão intensa.

 

Ledo engano. Marcélia é uma atriz excepcional.

Incorporou Pacarrete,  professora, pianista e bailarina aposentada que voltou para a cidade natal, Russas, interior do Ceará, após viver longos anos na capital.

Seu jeito de falar é incomum, entre o enérgico e o irritado mas ela é pura sensibilidade.

Sua arte não tinha a valorização devida na cidade, onde ela era vista como insana.

Abaixo segue o link da prefeitura de Russas, comentando sobre Pacarrete:

https://russas.ce.gov.br/museu/exposicao-de-longa-duracao/filhos-ilustres/13-maria-araujo-lima-pacarrete-professora/ 

Todo o elenco entrega um trabalho justo e João Miguel nos oferece a interpretação tranquila de quem interpreta como se fosse a coisa mais simples do mundo.

No final, é bom observar com atenção a frente da casa subindo e a transformação de rua em palco, algo visualmente poético e belo.

Os figurinos de Pacarrete são admiráveis e valem um registro.

O filme é de 2019, por motivos diversos demorei para assistir mas finalmente tive o prazer de ver algo que me tocou lá no fundo.



sexta-feira, 23 de abril de 2021

A pandemia desacelera algumas coisas mas acelera outras

 Com o passar dos meses ficou  evidente que eu não participaria de eventos tão cedo.

Ugrazine Fest, Fanzinada e Poc Con foram essenciais para expor e vender publicacões da Katita.

mas agora, excessivamente dentro de casa por questão de segurança e bom senso, fui me incomodando com os exemplares aqui parados.

Selecionei youtubers, formadores de opinião e divulgadores em geral e nas poucas vezes que me aventurei a ir ao correio, enviei a publicação dupla.

O resultado foi  o trabalho muito mais divulgado que na época do lançamento.

Ou seja, a pandemia infelizmente impossibilitou eventos importantes no setor artístico e cultural mas encontrei uma maneira de fazer a publicação  circular, ir para as mãos de algumas pessoas que divulgaram e tornaram o trabalho mais conhecido.

Dois exemplos:

O cantor Falcão:



E mais recentemente Sergio Viula:


Para ambos, meu agradecimento.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Algo sobre a Revista Capricho

 A revista Capricho ficou na mente e no coração de muita gente.

Nesta edição, número 622 ( junho de 1987 ), o Cafofo destaca que assuntos polêmicos  também tinham vez.


O equivocado termo Homossexualismo era utilizado; hoje o correto é

homossexualidade.

Um dos participantes comenta que a relação homossexual é algo terminal pois na época era incomum filhos em relacionamentos homossexuais.

Enfim, é preciso observar a matéria como reflexo de uma época. 


 

O tema ainda é polêmico e repleto de preconceitos, apesar de alguns avanços, mas fica o registro de uma revista que oferecia muito mais que capas com garotas bonitas.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Revista Animal era animal




As capas incríveis, as hqs, idem.

Grandes nomes do quadrinho internacional, uma seção de cartas respondidas pela Rita Hot Pussy (quem seria???), divulgação de fanzines, entrevistas, enfim...

Uma revista que ficou na história e na memória de muita gente.




sábado, 6 de fevereiro de 2021

A Nuvem Que Chovia Histórias

Havia uma nuvem diferente

no céu da imaginação:

produzia chuva somente

com pontos de ficção.

 

A depender do dia

e da sua mera vontade,

a bela nuvem produzia

história em variedade.

 

História de fada madrinha

ou de criança inteligente.

aquela rara nuvenzinha

vivia criativamente.

 

Seus pingos de cor a variar,

de acordo com o motivo:

azul para contos do mar,

sobre matas era verde vivo.

 

A chuva geralmente mansa,

ficava triste, exagerada,

com histórias sobre criança 

carente, triste, abandonada.

 

O  que ela mais gostava

de fazer em sua criação,

era a chuva que alegrava

a flor, a terra, a plantação.

 

Chuva de histórias com plantas,

lavoura, árvores e jardim,

se destacavam entre tantas

histórias que não tem fim.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Umbanda e Futebol Feminino



Ano de 1975. 

Umbanda e futebol feminino eram discriminados mas não sucumbiram aos preconceituosos.
Hoje, décadas depois, ambos existem e persistem.
Como curiosidade, fica um interessante registro: o jornal Vanguarda de Umbanda noticiou sobre o time de futebol feminino Onze Flores Futebol Clube. Infelizmente erraram o nome, citando como Onze Florino Futebol Clube.
Mas fica comprovado. Mulheres jogando futebol é coisa antiga.