Eu adorava Che Guevara.
Tinha no meu carro o adesivo com sua imagem mundialmente conhecida.
Em casa, o dvd Diários de Motocicleta, filme sobre sua juventude, era um dos meus preferidos.
Até então, ele era um estudante de medicina sensível e idealista.
Quando me diziam que ele havia se tornado um homem que substituiu a política do bem por armas e mortes, eu nem queria ouvir.
O tempo foi passando e conhecendo melhor a trajetória dele, fui me decepcionando.
Às vezes, quanto mais nos aprofundamos na vida de alguém que admiramos, mais corremos o risco de perder essa admiração.
Foi o que aconteceu comigo.
No meu carro não há mais o adesivo do Che.
Ainda não me desfiz do dvd, única prova de que pelo menos no início, ele se preocupava com os menos favorecidos, sem que para isso precisasse recorrer aos métodos com os quais não concordo.
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