O que o Prêmio PapoMix fez

Emerson, Takeo, Anderson e eu

Na noite da última terça-feira aconteceu a cerimônia de entrega do Prêmio PapoMix de Diversidade.

Os idealizadores, Anderson Azevedo e Emerson Marcellino captaram a necessidade de valorização das pessoas que atuam no setor LGBT em várias frentes: artística, cultural, social, etc.

Entre indicados e premiados, haviam histórias de garra,  determinação e batalhas para a construção de uma sociedade plural e respeitosa.

O que mais me sensibilizou naquela noite foi a premiação na categoria Casa de Show LGBT.

Guinga's Bar (Projeto Tô Ke Tô) ganhou o prêmio.

A casa vencedora fica em de São Mateus, bairro afastado  e  composto por moradores de origem simples.

Se já é difícil manter uma casa LGBT em localização privilegiada e próxima a região central da cidade, que dirá em um local distante e fora do circuito de badalação.

Para os frequentadores da região, a oportunidade de um lugar próximo, oferecendo diversão e alegria.

Ao ganhar o prêmio, a emoção transbordou.

O que o Prêmio PapoMix fez foi um trabalho de valorização da auto-estima de pessoas que sofrem (também) o preconceito de não fazerem parte da região nobre nem do "circuito chic".

O preconceito social torna as pessoas invisíveis e esquecidas mesmo quando tem iniciativas que merecem reverência.

Eu não conheço o Guinga's Bar nem o bairro de São Mateus; a maior parte das pessoas que foram na premiação também  não deve conhecer.

O PapoMix  nos concedeu a oportunidade de entender um pouco mais do mundo LGBT que está em todas as regiões desta Sampa adorável e imensa.