Pense em uma morena bonita. Multiplique por duas.
Imagine-as com cabelos longos, pretos, lisos e sedosos. Ambas aparentando cerca de 20 anos, com jeans evidenciando corpos bonitos e blusas femininas, estilo verão.
Para completar o visual de encher os olhos, elas sorriem uma para a outra, esperando o metrô chegar.
De repente, começam a trocar bicotas e mais bicotas, carícias suaves, com expressões apaixonadas e mãos dadas.
Não viam mais nada ao redor e eu também não.
Pensei que fosse alguma pegadinha televisiva.
O trem chegou, entrei no mesmo vagão.
Constatei que não era pegadinha.
Era coragem mesmo.
Ou, no mínimo, uma naturalidade comum entre jovens que não estão nem aí com a homofobia.
Até agora não sei se elas merecem aplauso ou uma puxada de orelha amigável, dizendo:
-Cuidado, os homofóbicos estão em toda parte.
2 comentários:
Realmente tem duas formas de ver:
1) o direito conquistado de expressar livremente a homoafetivade e
2) o respeito, pois a sociedade ainda não está suficientemente preparada (e informada), além, lógico, dos homofóbicos radicais.
Minha dúvida eterna é: será que elas fazem isso na sala de casa, na frente dos avós, dos pais, dos irmãos...?
(-'-)
Pois é...elas provavelmente sentem-se mais à vontade em ambientes públicos que em casa.
Seja entre heteros ou homos, demonstrações de afeto não devem ultrapassar a linha do respeito ao outro.
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